quarta-feira, 6 de julho de 2016

17-"Queres namorar comigo? "

-Vê.- Disse abrindo um documento. Era o comprovativo da reserva de uma noite num hotel em Valência.

-É para nós?

-Não! Para o vizinho do lado! Claro que é para nós!

-A sério? Não precisavas.

-Claro que precisava! Precisamos de um momento só nosso. A menos que não queiras, claro.

-Não é isso! Claro que quero! Vamos aproveitar.- Trocámos um beijo e voltámos a descer.

O resto do dia foi passado em família onde passámos bons momentos e em que todos se sentiam bem.

No Dia Seguinte…

Partimos de Getafe um pouco antes das 09h e era quase 12h quando chegámos a Valência. Tínhamos optado por fazer a viagem de carro para podermos passear mais um pouco. Dirigimo-nos logo ao hotel onde fizemos o check-in e subimos ao nosso quarto.
Foi alí mesmo na varanda do hotel que pedimos o nosso almoço. Estava um ótimo e conseguia-me sentir super relaxada e queria aproveitar ao máximo aqueles dois dias.
-Madalena?-Chamou o Lisandro depois de servido o almoço. Olhei para ele e pareceu-me que estava estranho.

-Sim?   
   
-Eu…

-Tu?- Ele olhava apenas para mim.- Estás bem?

-Estou.

-Pareces estranho desde que chegámos.

-É mais nervoso.

-Nervoso? Porque?

-Queria te perguntar uma coisa.

-Pergunta.- Nesse preciso momento o meu telemóvel tocou, era a minha Mãe.

-Olá Mãe! Aconteceu alguma coisa?

-Não, não! É só para te dizer que o teu pai vai ter de repetir os exames, são mais dois dias de espera.

-Precisas que eu volte?

-Não, aproveitem que tu também mereces.

-Obrigada, alguma coisa liga.- Despedimo-nos e desliguei a chamada.

-Está tudo bem?-Perguntou o Lisandro.

-Sim. Era só para me dizer que o meu pai vai ter de repetir os exames, logo não se vai saber já os resultados. Mas voltando à nossa conversa…

-Sim.- Ele tinha terminado de comer e saiu da minha frente para se sentar ao meu lado. Enquanto eu terminava de comer, ele olhava para mim.

-Eu sei que apareci na tua vida num altura complicada mas passaram-se dois meses desde que estamos juntos e, eu sei que já disse isto mas tu és super importante para mim e gosto imenso de ti.

-Tu sabes que para mim é difícil dizer aquilo que sinto mas…sim eu tenho a certeza daquilo que sinto. E também gosto imenso de ti.

-Pronto eu vou perguntar.- Pegou na minha e olhou-me nos olhos.- Queres namorar comigo? – Não esperava nada aquela pergunta, o que me deixou envergonhada. Para mim já o era mas agora havia o pedido. Baixei o olhar e, por momentos, passou-me imensas coisas pela cabeça. Mas era ele quem me tinha feito passar os melhores momentos da minha vida, em apenas dois meses.- Madalena?

-Quero! Claro que quero!-Levantei o olhar e respondi com um grande sorriso. Levantei-me e beijei-o.
-Ainda ficas envergonhada. -Disse ele a sorrir.

-Fico. Não paras de ser um querido. E tu estavas nervoso!

-Acho que é normal.

-Um bocadinho. Mas eu estou a tentar passar uma borracha sobre o que está para trás. Eu agora só quero continuar a ser feliz ao teu lado.

-Vamos passear?

-Sim!-Unimos as nossas mãos e saímos do ontem em direção à zona das praias.
Foi aí que entre brincadeiras, beijos, mimos e a apanhar banhos de sol que passámos a tarde até ao sol se pôr.

 

Voltámos ao hotel onde no quarto nos esperava uma garrafa de champanhe, flores, alguns morangos e um bolo junto ao jacuzzi. 
-Surpresa!-Disse o Lisandro com aquele sorriso dele que me deixa a sorrir também.

-Mas será possível que tu pensas em tudo?

-Tu mereces.- Dei-lhe um beijo.  
                
-Agora ou depois de jantar?

-O quê?

-O champanhe, o bolo…podemos celebrar o nosso namoro.

-Sim, claro! Pode ser agora.- Assim que eu disse isto, ele começou a despir a camisola.

-O que é que estás a fazer?

-Então ia aproveitar o jacuzzi. Celebramos lá, não?

-Sim pode ser.- A verdade é que eu tinha um pouco de receio dos avanços que ele podia tentar e certos ambientes deixavam-me mais nervosa por não saber qual será a minha reação mas tentei aproveitar o momento. Despi também a minha roupa e entrei no jacuzzi.

-Brindamos ao quê?-Perguntou ele.

-Ao nosso amor!- Brindámos e bebemos um gole do champanhe. O Lisandro foi buscar o pratinho dos morangos e retirou um, dando-me à boca. Bebemos mais um gole de champanhe e trocámos alguns olhares. Era notório de certeza o meu nervosismo.

-Sabes que eu nunca te vou forçar a nada que tu não queiras não sabes?

-Sim.
                                                     
-E sabes que eu vou esperar sempre que não te sentires bem com alguma coisa?

-Sim. Eu sei que já percebeste que estou nervosa.

-Já. Podias ter dito que não te sentias bem com a situação.

-Mas eu sinto. A sério. Só fico nervosa.- Ele pegou em mais um morango e deu-me. Eu pus na boca dele mas ele não o comeu, fazendo-me sorrir. Aproximei-me dele, mordi a parte do morango que não estava na boca dele e depois beijámo-nos. Um beijo mais quente que fez com que nos descontrolássemos. Mais beijos aconteceram e eu apesar de gostar dele, tinham algum medo da minha reação mas deixei-me levar.

-Vem comigo.- Deu-me a mão, ajudando-me a sair do jacuzzi. Atravessámos a porta de vidro que dava acesso ao quarto. Ele colocou as mãos na minha cintura para depois beijar o meu pescoço, fazendo-me arrepiar. Fechei os olhos, enquanto sentia os leves beijos que ele ia dando até ao meu ombro. Sentei-me na cama e ele sentou-se ao meu lado.
Ele fez-me deitar na cama, deitando-se ao meu lado. Começou com muita calma por me beijar a barriga e tudo o que eu temia aconteceu, voltaram as recordações. Passavam-me na cabeça todos aqueles momentos horríveis, parecia que estava naquele momento a ver tudo com os meus próprios olhos como se fosse um filme que se volta atrás e vê de novo. Comecei a tremer e ele claro que percebeu.
-Madalena?-Perguntou, sentando-se ao meu lado e segurando a minha mão.

-Desculpa, eu não consigo.- Respondi, deixando escapar uma lágrima.

-Não chores por favor.- Disse limpando-me as lágrimas.

-Eu queria mas voltou tudo a passar na minha cabeça.

-Eu espero o tempo que for preciso, calma. E eu posso dar beijinhos para ver se essas coisas más desaparecem da tua cabecinha?

-Podes.- Disse eu, expressando um pequeno sorriso.

-Ao menos já te fiz sorrir.

-Pedimos o jantar?

-Pode ser aqui no quarto?

-Claro!

No Dia Seguinte…
A noite de noite não tinha corrido totalmente bem mas o Lisandro foi super querido por me perceber e saber esperar. A manhã é que não começou da melhor maneira, acordei sobressaltada com o toque do meu telemóvel, eram 08 horas.
-O que é que se passa mãe?

-Bom Dia filha!

-Bom Dia Mãe! 

-Desculpa ligar tão cedo. Já sabemos os resultados.

-E então?-Seguiram-se uns segundos de silêncio que quase fizeram parar o meu coração. Fechei os olhos e esperei por uma resposta.
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Olá a Todas!
E este foi mais um capítulo! Espero que tenham gostado!
Espero pela vossa opinião, apesar de ser pouca!
Beijinhos
Sofia

sexta-feira, 13 de maio de 2016

16-"O nosso menino onde está?"

Estávamos a admirar o quarto quando o toque do meu telemóvel me chamou à atenção. Já desesperava por aquela chamada desde o dia anterior.
-É a minha mãe!

-Atende!-Disse o Lisandro.

-Olá Mãe!

-Olá Filha! Como é que está tudo?

-Está tudo! Correu bem no tribunal, o Matheus fica comigo. E vocês, foram embora à pressa porquê?

-Porque o teu pai tinha uma consultada marcada no médico em Lisboa e eu não quis que ele fosse sozinho. Desculpa.

-Mas o pai está bem?

-Vamos esperar pelos resultados dos exames mas esperemos que sim.

-Mãe conta-me.

-Nós vamos ainda hoje para ai. Amanhã falamos os três.

-Venham almoçar aqui.

-Fica combinado.- Não tinha pedido autorização ao Lisandro mas pensei ser o melhor. Despedimo-nos, ficando eu bastante preocupada.

-O que é que se passa?-Perguntou o Lisandro depois de me ver sentar no pequeno sofá do quarto do Matheus.

-O meu pai…pode estar doente.

-Pode?

-Sim. Faltam os resultados dos exames mas acho que sim. A minha mãe não me explicou.

-Calma Princesa. – Disse ajoelhando-se aos meus pés, junto ao sofá. Segurou nas minhas mãos e acariciou a minha face.

-Tenho medo.- Ele puxou-me para que eu me levanta-se e abraçou-me.
-Não vai ser nada.- Disse-me ao ouvido, dando-me depois um beijo na bochecha.

-Olha eu disse à minha mãe para vir cá almoçar amanhã para ela me explicar o que se passa. Desculpa não te ter perguntado.

-Já te disse que esta casa também é tua, podes trazer cá quem quiseres. Ainda para mais são os teus pais.

-Obrigada por tudo o que estás a fazer por mim.

-Não tens nada que agradecer. – Disse fazendo-me sorrir. Trocámos depois um beijo.
O Matheus tinha acordado e eu fui tirá-lo da cama enquanto o Lisandro tinha ido começar a preparar o jantar. Deitei-me com ele na minha cama e ali estivemos alguns momentos.
É verdade que existia ainda muitas recordações do passado mas este menino veio trazer-me também muitas alegrias. E o Lisandro tinha aparecido num momento complicado mas veio trazer o meu sorriso de volta, veio trazer mais felicidade à minha vida. Descemos até à cozinha onde o Lisandro tinha o jantar pronto: pizza. Tinha-me esquecido do pormenor que ele não sabia cozinhar e o resultado só podia ser este.
-Desculpa.- Disse assim que viu o meu sorriso.

-Desculpa eu. Esqueci-me que não sabias cozinhar.

-Um dia destes podes me ensinar a fazer algumas coisas?

-Claro que sim!

No Dia Seguinte…
Eram 09horas quando fui acordada com beijos na bochecha. Esfreguei os olhos e abri-os lentamente. Era o Lisandro. Ainda dormíamos em camas separadas mas ele estava ali deitado ao meu lado.
-Lisandro…

-Eu!

-Eu não gosto de acordar cedo!

-Desculpa mas não resisti.

-A tua sorte é que eu também não te resisto senão nem sabes o que te fazia por me tares a acordar.

-Gosto disso!

-E disto?- Puxei-o pela camisola e dei-lhe um beijo. Não era nada normal eu acordar tão bem disposta.

-Ainda mais! Mas assim acredito cada vez menos que costumas acordar mal disposta!

-Acredita que é verdade! Mas desta maneira é diferente…

-Tu és também mudaste muito em mim.

-Ai é?

-Sim. Á muito tempo que não andava tão feliz.- Apenas lhe sorri e trocámos mais um beijo. Depois ele teve de sair para o treino.


Algumas Horas Depois…
Enquanto o Lisandro treinou eu tinha tratado do Matheus e preparado o Matheus. Era 12h30 quando os meus pais chegaram.
-Olá Mãe! Olá Pai!- Cumprimentei-os, deixando o Matheus no colo do meu pai.

-Como é que ele está?-Perguntei à minha mãe já na cozinha.

-Apreensivo mas agora está melhor.

-Quando é que sabem os resultados?

-O médico disse que ligava assim que os tivesse. Talvez amanhã.

-Vai correr tudo bem.- Disse abraçando a minha mãe. Quando os nossos corpos se separaram reparei que o meu pai estava na entrada da cozinha a olhar para nós.

-Estão a falar de mim?-Perguntou.

-Sim…-Respondi acabando por deixar correr uma lágrima. Ele caminhou até à minha mãe onde colocou o Matheus no seu colo para depois caminhar até mim.

-Isto é para que?-Disse limpando as lágrimas que me escorriam pela face.- Tenho medo sim mas muita força para lutar contra ela (doença) se for preciso. Sabes que o teu pai é forte!

-Não vai ser nada Pai!-Disse abraçando-o.

-O Lisandro chegou!-Disse a minha mãe. Fui até à sala onde ele veio ao meu encontrei.

-Olá!-Disse dando-me um beijo.

-Correu bem o treino?

-Sim. O nosso menino onde está?-Não esperava aquela pergunta feita daquela forma e fiquei a olhar para ele.- Desculpa, o Matheus.

-Não, não! É o nosso menino! Só não esperava que perguntasse dessa forma.- Disse segurando as mãos dele.

-Eu não quero que aches que me estou a meter demasiado e sei que não sou o pai dele.

-Não te estás a meter, tu agora fazes parte das nossas vidas e não és o pai de sangue mas sim de coração e isso é muito importante! – Nesse momento a minha mãe entrou na sala com o Matheus e o Lisandro sorriu logo.

-Desculpem interromper.

-Não tem problema.

-Olá! -Disse o Lisandro, indo cumprimentar os meus pais.

-Olá!

-Olá bebé lindo!!- Disse o Lisandro pegando no Matheus ao colo, fazendo todos sorrir.

-Queria-vos pedir uma coisa!-Disse o meu pai, acordando-nos daquele momento.

-Diz.

-Será que o menino pode passar lá em casa o fim-de-semana. Ajuda-me a passar o tempo enquanto não sei…os resultados.

-Claro que sim pai.

-Aproveitem também para vocês tarem um bocadinho sozinhos.- Disse a minha mãe piscando-me o olho.

-Venho já.- Disse o Lisandro. 
      
-Achas que ele não gostou?-Perguntou o meu pai.        
                   
-Acho que não deve ser por isso. Bem vou pôr o almoço na mesa.

Com o almoço na mesa, almoçámos todos entre alguma animação e depois conversas paralelas tanto de futebol entre o meu pai e o Lisandro como de assuntos mais pessoais entre mim e a minha mãe.
-Podes vir comigo ao quarto?-Perguntou o Lisandro, aparecendo na cozinha enquanto eu e aminha mãe arrumávamos a cozinha.

-Sim posso.- Fomos até ao quarto onde o Lisandro fechou a porta e me pediu para sentar em frente ao computador.

-Tenho uma surpresa para ti princesa.

-O que?
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Olá a Todas!
Espero que tenham gostado do capítulo!
É verdade que não publicava à muito tempo mas a falta de tempo e alguma desmotivação foram os motivos para esta ausência.
Não sei se alguém lia mas se sim, peço desculpa!
Besos
Sofia

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

15-"Eu...acho que...acho que gosto de ti a sério, é isso"

O Táxi parou à porta do tribunal e como faltava poucos minutos para a hora combinada entrei. Junto há porta da sala encontrei os nossos advogados e o Ezequiel. Cumprimentei todos como pessoa educada que sou mas já não consegui olhá-lo como antes.
...
-Ezequiel diga-me o que considera ser melhor para o seu filho.-Disse o juiz.

-Eu considero que o melhor para o meu filho é ficar com...a  mãe. Eu tenho treinos, estágios e o Matheus teria de ficar com alguém que não a mãe visto que esta está fora do país. 

-Fora do país?

-Sim, o juiz sabe do se me passou no mês passado.

-O caso do rapto? Viol...

-Sim, isso.

-O Pai pretende ter guardar partilhada?

-Sim, vou assumir todas as minhas responsabilidades.

-Então vamos estipular os dias em que o menino recebe a visita do pai. - Eu ainda não acreditava em nada do que se estava a passar. A opinião do Ezequiel tinha mudado completamente. Tratá-mos de todos os papéis onde ficou estipulado que ele podia visitar de mês a mês o Matheus e passar dois dias com ele enquanto eu estivesse em Espanha, assim que voltasse o tempo para estarem juntos aumentaria.

Assim que sai do tribunal, apanhei um táxi para o aeroporto. Nem liguei ao Lisandro, queria lhe fazer uma surpresa,  ele merecia porque aquela mudança do Ezequiel não podia ter surgido do nada.
....
Aterrei em Madrid e apanhei um táxi para casa do Lisandro para chegar mais depressa. Toquei à campainha e ainda tive de esperar alguns minutos para que ele abrisse a porta.
-Tu já estás aqui?- Perguntou surpreendido.

-Tira essa cara! Sou eu mesmo ou queres tocar?- Ele tocou-me no braço e puxou-me para dentro.

-Como é que correu?- Olhei-o nos olhos e senti que era aquele o momento certo para lhe agradecer. Coloquei as minhas mãos na cara dele, pus-me em bicos de pés e encostei os meus lábios aos dele e beijei-o lentamente.

-Obrigada!-Disse eu, um pouco envergonhada.

-Obrigada? 

-Obrigada por me teres ajudado com o Ezequiel.

-Não fui eu.-Disse ele, sentando-se no sofá.

-E eu sou burra.

-Pronto fui eu mas não fiz nada de mais.

-Fizeste com que eu possa continuar a minha recuperação descansada e com o Matheus perto de mim.

-Tu mereces isso e muito mais.

-E esse mais é o que?

-Seres feliz, junto de alguém que goste a sério de ti e te respeite como tu mereces.

-Podes ajudar com isso?

-Se deixares.-Pus as minhas mãos na camisola dele e puxei-o para mim e aproximei os meus lábios dos dele.

-Calma!

-Desculpa. Sim secalhar estou a ser apressada mas é que agora já chegava aí.

-Ainda não me explicaste o primeiro beijo e já me ias roubar outro, assim não vale.

-Que vergonha!-Disse escondendo a cara no peito dele.-Sinto-me uma criança depois de dar o primeiro beijo ao amiguinho da escola.

-Parva! Olha para mim!

-Eu...tu fazes-me bem. E...acho que isto não é só um carinho.-Ele olhava para mim confuso.- Eu...acho que...acho que gosto de ti a sério, é isso.

-Achas? 

-Sim. Quer dizer não. Eu tenho a certeza. Eu tenho aqueles sintomas habituais de quem está...apaixonada. Sim, tenho aquelas borboletas. Sim, passei mal aqueles dias sem noticias tuas. Sim,vim a correr assim que saí do tribunal porque só quero estar contigo. E quando te vi só te quis agradecer e mostrar isso.


-Gosto tanto de ti.-Disse olhando-me nos olhos. Aproximou-se de mim e beijou-me.

-E agora?

-Agora o que?


-Nós...


-É como te sentires mais à vontade.


-Tenho de começar por arranjar uma casa.


-Nem penses! Fica aqui comigo.


-Mas a casa é tua.


-Pode ser tua e do Matheus também. É muito grande só para mim.


-Mas eu também quero contribuir para os gastos.

-Não é preciso.


-Ou isso ou vou-me embora.


-Isso não!


-E estás preparado para me aturar?


-Aturar?


-Dizem que eu não sou fácil de aturar. E vais ter de ter paciência comigo por causa do que aconteceu.


-Sim, vamos com calma. Eu espero.-Levantou-se, puxando-me para que eu me levantasse também. De seguida rodeou a minha cintura com os seus braços.- Basta que estejas assim perto de mim.

-Porque é que és tão alto?-O Lisandro tem quase mais 25 centímetros que eu. 

-Os meus pais, principalmente o meu pai, também são.

-Mas...eu assim não chego aí.


-Chego eu!-Disse inclinando-se para me dar um beijo curto.-Já chega! 

-Eu estou tão feliz!-Disse eu sorrindo.

-Há muitos dias que não via esse sorriso. É tão lindo!


-Só tu! Bem...tenho de ir buscar o Matheus!


-O Matheus!-Disse indo apressadamente para o intercomunicador.-Esqueci-me! Desculpa, desculpa! Mas ele está bem! Olha!-Disse trazendo-me o intercomunicador.

-O Matheus está aqui?

-Sim. Desculpa não te disse mas a tua mãe precisou de viajar já hoje e confiou em mim. E eu já gosto tanto dele...e ele de mim.-Disse a sorrir.

-Convencido! Mas é verdade! Obrigada por teres ficado com ele mas tu esqueceste-te dele?

-Foi quando chegaste...tiveste aquela entrada e distraiste-me mas ele tinha acabado de adormecer quando chegaste.


-Obrigada por tudo!E...-Ouviu-se um barulho vindo do intercomunicador, o Matheus estava a mexer-se e fomos até ao quarto.

O Matheus estava a mexer-se mas ainda dormia. E estava tão lindo o meu príncipe e via-se que o Lisandro tinha tratado bem dele. Deitámo-nos os dois, um de cada lado, ao lado do Matheus.
-Outra coisa...estás preparado para isto?

-Isto o que?

-O Matheus. É diferente de sermos só os dois. E não é mesmo teu filho, tens de levar com isto tudo, fraldas, choros e acordar a meio da noite.

-Mais que preparado! Não é mesmo meu filho mas meu amigo.-Disse pegando no telemóvel para me mostrar uma foto.
-Ele gosta mesmo de ti, eu sinto isso!-Disse olhando para o Matheus que tinha acabado de acordar.-Olá bebé da mãe! Sabes...agora somos três. O teu pai de sangue não está mas tens aqui um segundo pai ou um amigo como ele diz, talvez um dia seja mesmo aquela pessoa a quem vais contar as tuas namoradas e jogar à bola e tens aqui a tua mãe, cada vez mais forte e a tentar seguir em frente. Espero que me compreendas quando um dia já souberes que não cresceste com o teu pai biológico mas a mãe precisava de ser feliz para teres todo o meu amor e força para cuidar de ti. Gosto muito de ti meu príncipe.-Disse enquanto lhe fazia festas e ele olhava para mim como se percebesse tudo o que eu dizia.  

-E aqui o amigo, também gosta muito de ti campeão!- Acabei por deixar escapar uma lágrima ao pensar que tudo se estava a recompor. - A tua mãe é uma chorona! Mas é de felicidade espero!

-Sim é! Dois meses e meio depois, tudo se está a recompor.

-Demoraste 2 meses e meio a apaixonares-te por mim?! Tanto tempo!

-És tão parvo!Maldito dia que me apareceste à frente!-Disse eu com cara séria para depois me desmanchar a rir.

-Parva!

-Agora fora de brincadeiras, ainda bem que apareceste e que me mostraste a pessoa que tu és!-Demos um abraço para depois levar o Matheus para a sala onde lhe dei o leite.

No Dia Seginte....
Para aproveitar o último dia livre do Lisandro antes de começar os treinos, começámos a manhã com um passeio.


Assim que chegámos a casa fomos montar tudo para o quarto do Matheus porque o Lisandro com muita insistência tinha-me convencido a definitivamente ficar na casa dele apesar de eu achar que era um abuso.

Estávamos a admirar o quarto quando o toque do meu telemóvel me chamou à atenção. Já desesperava por aquela chamada desde o dia anterior.
-É a minha mãe!

-Atende!-Disse o Lisandro.

-Olá Mãe!

-Olá Filha! Como é que está tudo?

-Está tudo! Correu bem no tribunal, o Matheus fica comigo. E vocês, foram embora à pressa porquê?
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Olá a Todas!
Espero que tenham gostado deste capítulo!
Fico à espera da vossa opinião que é muito importante!
Beijinho!
Sofia