segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

6-"Só quero que a próxima vez seja mesmo especial como se fosse a primeira."

-Também fazes de mim a pessoa mais feliz!-Disse, depois de ver o que escrevi.-Mas isso vai acabar.

-Acabar? Como assim?

-Sim. Eu tenho de ir embora ainda hoje.

-Pensava que era nós.

-Isso nunca!

-Então?

-Vai acabar porque eu tenho de voltar a Madrid. 

-Já?

-Sim, tem mesmo de ser.

-Como é que nós ficamos?

-Da mesma maneira mas com alguns quilómetros de distância a dividir-nos.

-Não sei se aguento!

-E se eu disser que só temos de aguentar isso um mês?

-E é muito! Mas porquê só um mês?

- Eu antes de te conhecer tinha várias propostas para sair do Real Madrid e eu aceitei uma delas à uns dias.

-Vens...

-Para Portugal sim! Benfica!

-A sério?

-Sim.

-Tenho tanto medo.

-Do quê?

-Que isto não resulte. Vais estar lá...

-A pensar em ti e a contar os dias para voltar.

-Secalhar é melhor não falarmos mais nisto e aproveitar as últimos momentos.

-Sim.-Trocámos um beijo curto e levantámo-nos. O resto da tarde passada juntos a passear.


Ao fim do dia, acompanhei-o ao aeroporto onde nos despedimos. Uma despedida da pessoa que mudou muito em mim em poucas horas foi complicada mas teve de ser.
Voltei a casa onde me refugiei no meu quarto. Uma hora depois o meu telemóvel tocou, era o Ezequiel.
-Olá!-Disse ele do outro lado.

-Olá! Já com saudades minhas?

-Muitas!

-Eu também! Volta!

-Eu voltava se pudesse.

-Preciso do teu carinho, de me sentir protegida,de falar contigo,  preciso de ti!

-Eu estou aqui! 

-Não é a mesma coisa.

-Mas sempre que precisares, ligas-me que eu oiço-te e dou carinho através do telemóvel.

-Pois tem de ser.

-Mas não te quero triste. Olha estou a chegar a casa, vou descansar. Falamos amanhã pode ser?

-Sim pode. Porta-te bem!

-Sempre! Gosto muito de ti princesa!

-E eu de ti!-Ele desligou. Sentia um vazio sem ouvir a voz dele. Precisava dele a meu lado.


1 Mês Depois....
Hoje era o dia que eu tanto anisava, dia de voltar a ver o Ezequiel. Não sabia como seria daqui para a frente mas sabia que queria muito vê-lo e abraçá-lo.
Quando cheguei ao aeroporto, aguardei ansiosa pela chegada dele e esse momento depressa aconteceu. Ele apareceu, caminhei depressa ao encontro dele e sem pensar muito nem nas pessoas que estavam à volta, abracei-o e dei-lhe um beijo.
-Ainda não acredito que estás aqui!-Com ele ao meu lado sentia-me bem, sentia-me protegida.

-Ao teu lado nos próximos dias, meses...anos, não sei.

-Eu só quero aproveitar com calma.

-Vamos almoçar?-Perguntou ele.

-Sim. Vamos deixar só as tuas malas em minha casa.

...
Subimos ao meu quarto, onde encostamos as malas. De seguida, o Ezequiel fechou a porta e aproximou-se de mim.
-Fechaste a porta para que?

-Estarmos mais à vontade.-Disse rodeando a minha cintura com os seus braços e encostando a testa dele à minha.

-Ezequiel...-Ele não me deixou acabar de falar e beijou-me. Aquele beijo era diferente, mais intenso.
-Não preferes ficar por aqui por casa?-Perguntou sorrindo.

-Não sei...-Disse eu, afastando-me e ficando de costas para ele.

-O que é que não sabes se queres?

-O que tu queres...

-O que é que eu quero?

-Avançar.

-Há dois meses atrás não eras assim.

-Assim como Ezequiel?-Perguntei virando-me para ele, já um pouco chateada.

-Calma! Não é nada do que estás a pensar.

-Não?

-Não. É só porque estás a reagir de maneira diferente. Há dois meses atrás não éramos nada um ao outro, agora somos.

-Mas há dois meses...eu agi  como muma pessoa magoada que precisava de carinho. Uma pessoa que estava a viver aquele momento não pela primeira vez....mas a primeira vez com uma pessoa que apesar de não conhecer,o carinho que transmitia era o mais importante. Uma pessoa de quem ainda não conheces o passado todo...

-Não?

-Não. Eu não te contei uma coisa  mas também não quero falar disso agora.-Respondi virando costas.

-Desculpa...não te queria pressionar.

-Está tudo bem Eze. Só quero que a próxima vez seja mesmo especial como se fosse a primeira.

-Eu entendo.-Sai do quarto e desci ao piso de baixo. O Ezequiel acompanhou-me.

-Vamos almoçar?

-Sim.

Saímos de casa e caminhámos pela rua sempre em silêncio. Depois daquela conversa o ambiente tinha ficado estranho e nenhum de nós falava. Só no restaurante é que o Ezequiel começou a falar e acabou com o mau ambiente.
-Vou só à casa de banho, antes que a comida venha.

-Sim vai. Até já.

[EZEQUIEL]
Talvez tenha exagerado em insistir tanto mas não sabia que havia mais coisas que a Madalena não me tinha contado. Mas entendi e vou fazer de tudo para que seja especial tal como ela quer.
Sai da casa de banho e dirigi_me para a mesa mas deparei-me com algumas pessoas junto à nossa mesa. Passei por entre elas mas quando cheguei à nossa mesa, não vi a Madalena.
-O senhor estava sentado nessa mesa com uma rapariga?

-Sim. Viu-a?

-Apareceu aqui um rapaz ao pé e levou-a.

-Levou-a como assim?

-Não percebemos. 

-Mas foi à força, contrariada? 

-Não.-Apenas me lembrei de um cenário possível mas não queria acreditar, não podia ser. Corri o mais depressa que pude para casa da mãe dela para a avisar.
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Olá a Todas!
Gostaram? Espero que sim!
Confuso? Estranho? Talvez mas diferente (daqui para a frente)!
Às vezes um novo ano implica mudança e este capítulo será o princípio de uma mudança nesta fic!
Talvez uma grande mudança(eu tinha essa necessidade)mas espero poder continuar a contar com vocês desse lado!
E a contar com os vossos comentários!
Besos,
Sofia