domingo, 1 de novembro de 2015

14-"esta casa é tua e eu não existo até este assunto se resolver!"

-Medo de me magoar, medo que me magoem...eu só quero ser feliz, percebes?

-Sim, eu entendo.

-Mais alguma coisa que me queiras dizer?

-Lisandro...sinceramente eu não te sei o que dizer nem quero dizer nada precipitado porque não te quero magoar nem quero avançar com as coisas e depois chegar à conclusão que sentia apenas falta do carinho ou de uma pessoa como tu.

-Certeza? Eu não me importo de sair magoado disto. Eu só quero viver o momento...



A aproximação dele a mim foi rápida e o beijo lento. A verdade é que não interrompi aquele beijo mas arrependi-me depressa de não o ter feito.

-Lisandro...isto não devia ter acontecido!

-Desculpa!-Disse ele. Não consegui dizer nada mais e saí dalí. Fui até ao quarto onde estava o Matheus. Ele parecia ter acabado de acordado, fiz-lhe algumas festas enquanto pensava no que tinha acontecido.

No Dia Seguinte...
Tinha acabado por dormir em casa do Lisandro no quarto de hóspedes. Acordei eram 10 horas com o Matheus a chorar com fome. Não estava ninguém em casa e tomei a liberdade de ir até à sala dar de mamar ao menino. Assim que ele terminou, alguém tocou à campainha. Fui à porta e assim que a abro, vi quem menos esperava.
-Ezequiel?

-Sim eu.-Disse entrando, percebi logo que vinha problemas e discussões. Fechei a porta e fui atrás dele.

-Desculpa esta casa não é minha, não tens o direito de entrar assim. 

-Quero falar contigo.

-Diz.-Sentei-me no sofá, com o Matheus no colo.

-Eu disse que não podias sair do país. O  Matheus não é só teu filho.

-Tens noção do que eu tenho passado? Achas necessário fazeres-me passar por mais isto?

-Isso pouco me interessa. 

-Mudaste muito. Não te conheço.

-Não quero saber nada disso. Já sabes: ou voltas para Portugal e me deixas ver o nosso filho ou eu vou fazer de tudo para provar que não tens condições para o tratar.

-Tu tens? Não tens tempo para nada.

-Mas tens de no mínimo estar em Portugal.

-Preciso de me afastar de tudo agora.

-Mas já estás a viver com outro gajo.

-Nem tens nada a ver com isso.

-Pois não, adeus. Passa bem.-Disse, encaminhando-se para a porta. Quando a abriu deu de caras com o Lisandro. Mais um assunto para resolver e enfrentar.

-O que é que aconteceu?-Disse entrando e fechando a porta.-Ele...

-Sim, ele é o pai do Matheus e eu não posso ficar mais nesta casa.

-Porque? Vais para onde?

-Não sei mas não posso ir para o hotel, não há condições para o Matheus. Secalhar volto para Portugal.
-Não! Não podes! Aqui estás melhor!

-E arrisco ficar sem o meu filho?

-Ele veio ameaçar-te?

-Sim. Por isso tenho de sair. Esquecer tudo.

-E nós?

-Isso também não pode existir.

-Eu venho já.-Disse indo até ao quarto e voltando alguns minutos depois com uma pequena mala.

-Isso é para que?

-Fazemos assim: esta casa é tua e eu não existo até este assunto se resolver!-Deu-me um beijo na minha testa e do Matheus e saiu de casa.

Eu não consegui ter qualquer reacção. Aquela casa é dele e era injusto ele abdicar dela por causa de mim. Pensei em ligar-lhe mas deixei passar as horas para pensar e esperar que ele voltasse mas o fim do dia chegou e isso não aconteceu, o que me deixou preocupada. Liguei-lhe mas ele não atendeu, enviou-me uma mensagem a dizer: "Não te preocupes, eu estou bem e bem instalado. Amanhã vou tentar ajudar-te a resolver este problema. Se conseguir eu volto a casa."Respondi-lhe dizendo apenas: " Desculpa por tudo". Aquela noite foi complicada tanto de adormecer como parar de pensar em tudo o que aconteceu.

3 Dias Depois...
Tinha passado 3 dias em que permaneci na casa do Lisandro e ele nunca apareceu. Tentei contactá-lo mas ele não me atendia as chamadas nem respondia às mensagens. Eu tinha as minha malas feitas para abandonar Getafe rumo a Lisboa onde de tarde vou ter uma audiência para definir a quem pertence a custódia do Matheus.
...
Eram 13:30 quando aterrei no aeroporto de Lisboa. Apanhei um táxi em direcção ao tribunal e estava completamente distraída nos meus pensamentos, quando o meu telemóvel tocou. Assim que vi que era o Lisandro apressei-me a atender.
-Lisandroo!!

-Olá! Isso era tudo saudades minhas?

-Sim! Não! 

-Então?

-Estúpido! Tu não me dizes nada há três dias!

-Não precisas de me  ofender! Foi pelo teu bem.

-Desculpa.

-Olha espero que corra tudo bem e que voltes por favor.

-Vou voltar sim, o Matheus ficou aí com a minha mãe.

-E eu também fiquei.

-E tu também ficaste!

-Espero que isso queira dizer o que eu estou a pensar.

-Olha estou a chegar ao tribunal, tenho de desligar. Obrigada por tudo Lisandro!

-Depois diz-me como correu. Beijo grande.

O Táxi parou à porta do tribunal e como faltava poucos minutos para a hora combinada entrei. Junto há porta da sala encontrei os nossos advogados e o Ezequiel. Cumprimentei todos como pessoa educada que sou mas já não consegui olhá-lo como antes.
...
-Ezequiel diga-me o que considera ser melhor para o seu filho.-Disse o juiz.

-Eu considero que o melhor para o meu filho é ficar com....

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Olá a Todas!
Espero que tenham gostado deste capítulo!
Vêm daí surpresas!
Aguardo pelos vossos comentários!
Beijinhos!
Sofia

1 comentário:

  1. Olá :)
    Tenho que admitir que já tinha lido o capitulo, mas tinha-me esquecido de comentar :P
    Mas vou já passar para o próximo e assim comento tudo num capítulo ;)
    Bjs :*

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