-Que foi?-Ele olhava para mim a alguns minutos e muito sério. Levantou-se da cama dele e sentou-se na minha cama, ao meu lado.
-Há algo em ti...-Tirou os olhos do chão para me olhar nos olhos.- Há algo em ti que me mexe comigo... que me faz querer estar junto a ti.- Poisou a mão direita dele em cima da minha mão e a esquerda na minha cara.-É o teu olhar, o teu sorriso...és tu!-Assim que acabou de falar, já estava muito perto de mim, consegui sentir a respiração dele. As palavras que ele tinha dito faziam sentido, eu sinto o mesmo. Ganhei coragem e aproximei-me um pouco mais, apesar de naquele momento os meus medos me estarem a assombrar. Percebi que o Ezequiel ia avançar e senti um arrepio mas nesse momento alguém bate à porta e entra sem esperar pela resposta, acabando por não acontecer nada.
-Estão...- Ia o meu irmão dizer quando reparou que estávamos muito perto um do outro.- Ups...desculpem ter interrompido o momento.
-Não interrompeste nada!-Disse eu.
-Não, não! Vim só saber que estavam prontos porque vamos jantar fora!
-Eu estou!
-Eu também!-Respondeu o Ezequiel.
-Então, vamos!
Saímos os três do quarto e na sala encontramos os meus pais já prontos. Saímos todos de casa e como estava bom tempo, caminhámos até à rua principal de Madrid onde jantámos bastante tranquilos e divertidos.
Depois de jantar ainda passeá-mos mas depois acabámos por voltar a casa.
. . .
-Podes vir comigo até ao quarto?-Perguntou o Ezequiel quando estávamos na sala e à frente dos meus pais e do meu irmão, deixando-os a olhar para mm.
-Sim, posso.
Percorri o corredor atrás do Ezequiel até quarto. Assim que entrámos eu parei junto da minha cama e ele foi até ao fundo da cama dele onde pegou num saco, retirando de lá uma camisola ou t-shirt. Caminhou, de seguida, até mim.
-Isto é para ti!-Disse esticando-me a camisola do Real Madrid. Virei e tinha o número e nome dele.
-Obrigada!
-Guarda-a bem! Sinto que essa camisola vai ser com a qual marquei o último golo pelo Real Madrid.
-Último? É a camisola do jogo de hoje?
-Sim, um dia vais perceber! E sim, é do jogo de hoje!
-Muito obrigada Ezequiel!- Dei-lhe um beijo na bochecha.-Vou guardá-la bem!-Ele sorriu apenas. Guardei-a junto das minhas coisas e voltei a sair do quarto. Assim que cheguei à sala olhavam todos para mim como se estivessem à minha espera.
-Estão a olhar para mim porque?
-Está tudo bem?-Perguntou a minha mãe.
-Sim! O Ezequiel só me queria dar uma coisa. E eu vim aqui dizer que me vou deitar! Boa Noite a todos!
-Boa Noite!-Disseram todos. Voltei ao quarto onde encontrei o Ezequiel pronto a deitar-se.
-Devíamos arranjar uma maneira de eu saber que estás despido antes de eu entrar no quarto.-Disse eu visto que ele estava apenas de t-shirt e boxers.
-Desculpa mas eu durmo assim!
-Então deita-te!-Enfiou-se logo na cama e tapou-se até ao pescoço.
-Queres que tape a cabeça também?
-Sim, que eu quero vestir o pijama!-Ele fez o que lhe pedi e em 2 minutos me vesti.-Já podes destapar!- Disse eu mas ele nem se mexeu. Fui até à cama dele e destapei-o, estava de olhos fechados.-Fraco!-Disse eu pensado que ele já dormia.
-Insensível!
-Que susto! Pensei que tivesses cansado e tivesses adormecido.
-Podia estar morto!! Podia ter sufocado!
-Sufocavas com pouco! Um dia ainda te digo o que sufoca!-Lá tinha eu de falar sem pensar.
-O que? Agora fiquei curioso!
-Um Dia...-Disse desligando a luz do candeeiro da minha mesa de cabeceira, a única acesa.
-Má!Buenas Noches!
-Buenas Noches!
No Dia Seguinte...
Estava muito bem a dormir quando o barulho dos estores e o sol que vinha lá de fora me acordaram. Estiquei a mão até ao meu telemóvel e vi as horas, era 12h. Tarde mas eu tinha sono.
-Mãe?
-Nao!
-Pai?
-Não!
-Ezequiel por favor deixa-me dormir!
-Não!
-Mas tu só dizes não? Vou acordar de mau humor e vou te bater!
-Tanta violência logo de manhã!
-É o que mereces!
-Levanta-te!-Disse ele chegando à minha cama e destapando-me.
-Ezequiel...só não chamo o teu nome todo porque não sei!
-Ezequiel Marcelo Garay González!
-Ezequiel Marcelo Garay González...odeio-te! E vou me vingar!-Fiz um movimento brusco e acabei por lhe acertar no nariz.
-Já te vingaste, pronto!-Disse ele, levantando-se agarrado ao nariz. Eu levantei-me e fui atrás dele.-Boa! Já te levantaste!
-Não te aleijei? És mesmo estúpido!
-Não! Eu só queria que te levantasses.
-Para que?
-Para vires almoçar comigo!
-Não quero!
-Porque?
-Porque não!
-Vem! Eu não mordo, só te quero conhecer melhor.
-Eu vou!Mas não devia por aquilo que me fizeste à bocado.
-Só te acordei!
-Pode ser perigoso! Às vezes acordo de mau humor.
-Aturava isso todos os dias!- Apenas consegui sorrir. Ficamos a olhar um para o outro até que ele interrompeu o silêncio.-Veste-te!-Disse, saindo do quarto.
Sorrisos, palavras carinhosas, preocupação e o facto de me querer conhecer melhor estavam a deixar-me com um sorriso nos lábios. Assim que me apercebi que estava a sorrir, levantei-me da cama e comecei a escolher a roupa.
15 minutos Depois estava despachada e a caminho da sala onde já me esperava o Ezequiel.
-Estou pronta!
-Vais onde?-Perguntou o meu pai.
-Almoçar com o Ezequiel.
-Fazes bem! Aproveita o tempo que resta aqui!-Disse a minha mãe.
-Até já então!-Disse eu saindo eu saindo com o Ezequiel. Estava um bom dia e, por isso, fomos a pé.
. . .
-O que é que desejam beber?-Perguntava a empregada do restaurante.
-Para mim é uma coca-cola!-Disse eu.
-Para mim também!
-Trago já!
-É verdade que falas com o teu irmão por cartas?
-Sim! Agora já não que ele tem mais que fazer.
-Gostavas?
-Era diferente das habituais mensagens de telemóvel.
-Pois quase ninguém manda cartas agora.-Sorri-lhe mas nesse momento apareceu a empregada a quem fizemos os nossos pedidos.-Mas fala-me mais de ti!
-O que é que queres saber?
-Andas na faculdade?
-Sim! Curso de Fisioterapia. E tu já estás aqui em Madrid há muito tempo?
-Desde os 21 anos em Madrid mas desde os 19 anos em Espanha.
-Deixas-te cedo o teu país!
-Teve de ser! Há que lutar pelos nossos sonhos.
. . .
O Almoço foi servido e continuamos a conversar,entre alguma brincadeira, sobre nós e sobre os nossos gostos pessoais. No fim do almoço, saímos do restaurante e passeamos um pouco no centro de Madrid.
-Que me dizes de uma sobremesa agora?-Perguntou o Ezequiel enquanto passeávamos.
-Guloso! Ainda saio daqui a rebolar!
-Não sais nada! Vamos?-Fiquei a olhar para ele alguns segundos até que ele segurou na minha mão e me puxou pela rua.
Em apenas 2 minutos chegamos a onde o Ezequiel me quis levar. Tínhamos pedido dois crepes.
Já no fim, o Ezequiel olhava para mim e eu não percebia o porquê.
-Que foi?
-Tens chocolate no queixo!-Disse ele rindo-se.-Eu ajudo!-Aproximou-se de mim com o guardanapo e limpou. Enquanto o fazia olhava-me nos olhos.-És tão linda!
-Ezequiel pára já!
-É verdade! Olhos lindos, brilhantes...pele macia...sorriso perfeito...lábios perfeitos!-Disse, dando-me um beijo na bochecha.Fez-me estremecer mas também sorrir.
. . .
Eram 17 h quando regressamos a casa. Assim que entramos percebemos que não estava mais ninguém em casa e, por isso, aproveitei o sofá só para mim.
O resto daquele fim de tarde e a noite passaram a voar. Jantámos todos fora mas ainda antes da meia noite estávamos de volta a casa, amanhã iriamos acordar cedo para voltar a Lisboa.
No Dia Seguinte...
Eram 08:00h quando o meu despertador tocou. Apressei-me a desligá-lo e sentei-me na cama, antes que adormecesse.
-Já me acordaste!-Disse o Ezequiel
-Fecha os olhos que já adormeces outra vez!-Ele nada me respondeu, virou-se apenas para o outro lado. Aproveitei e vesti-me mesmo ali. Estava a acabar de arrumar a minha mala e a fechá-la quando o Ezequiel voltou a mandar vir comigo.
-O que é que estás a fazer? É preciso tanto barulho?
-Desculpa! Estava a acabar de arrumar as minhas coisas e a fechar a mala.
-Para?
-Ir embora.-Ele voltou a não me responder. Peguei na minha mala e percorri o corredor até à sala, onde já estavam os meus pais e o meu irmão.
-Bom Dia!
-Bom Dia!-Responderam eles.
-Tens aqui o teu pequeno-almoço!-Disse a minha mãe com um iogurte e uma maçã na mão.
-Já temos de ir?
-Sim. Eu deixo-vos no aeroporto.-Respondeu o meu pai. Alguns segundos depois olhei para o lado e tinha o Ezequiel mesmo ao meu lado com uma cara de sono que até metia medo.
-Disseste mala e ir embora?-Perguntou ele.
-Sim.
-Não podes ficar mais uns dias?
-Importam-se que eu vá lá dentro com o Ezequiel?
-Podes ir! Mas não demores muito!-Disse a minha mãe.
-Já volto! Vem comigo Ezequiel!-Ele apenas olhou para mim e seguiu-me até ao quarto.
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Olá a Todas!
E este foi mais um capítulo desta fic!
Gostaram? Espero que sim! Tanto do capítulo, como da fic e do rumo da história!
Fico à espera das vossas opiniões!
Besos!
Boa tarde (:
ResponderEliminarMeu primeiro comentário aqui tem que abranger a cena toda.
Muito bem, gosto! Gosto! Apoio, continua que isto é bom! Eu gosto e estou curiosa para ver o resto.
Estes capitulos assim seguidinhos sabem mesmo bem, acredita.
Vou ser sincera, eu achava mesmo que ele se ia enfiar na cama dela :oo , e ia ser giro! Mas não se enfiou é pena! Não se enfiou mas convidou-a para almoçar e a coisa começa a dar-se , devagar devagarinho eles vão lá.
Também podiam trocar cartas eles, já que ela se vai embora! Era bem giro, eu ia gostar de ver.
Tens aqui uma fã! E espero os próximos!
Beijito :* Rita
Olá
ResponderEliminarAdoreiiiiiiiiiiii
Beijinhos
Catarina
Olá :)
ResponderEliminarIsto cada vez está melhor :D
Próximo sff bjs :)