sexta-feira, 11 de julho de 2014

3-"Ezequiel Marcelo Garay González...odeio-te!"

-Que foi?-Ele olhava para mim a alguns minutos  e muito sério. Levantou-se da cama dele e sentou-se na minha cama, ao meu  lado.

-Há algo em ti...-Tirou os olhos do chão para me olhar nos olhos.- Há algo em ti que me mexe comigo... que me faz querer estar junto a ti.- Poisou a mão direita dele em cima da minha mão e a esquerda na minha cara.-É o teu olhar, o teu sorriso...és tu!-Assim que acabou de falar, já estava muito perto de mim, consegui sentir a respiração dele. As palavras que ele tinha dito faziam sentido, eu sinto o mesmo. Ganhei coragem e aproximei-me um pouco mais, apesar de naquele  momento os meus medos me estarem a assombrar. Percebi que o Ezequiel ia avançar e senti um arrepio mas nesse momento alguém bate à porta e entra sem esperar pela resposta, acabando por não acontecer nada.

-Estão...- Ia o meu irmão dizer quando reparou que estávamos muito perto um do outro.- Ups...desculpem ter interrompido o momento.

-Não interrompeste nada!-Disse eu.

-Não, não! Vim só saber que estavam prontos porque vamos jantar fora!

-Eu estou!

-Eu também!-Respondeu o Ezequiel.

-Então, vamos!

Saímos os três do quarto e na sala encontramos os meus pais já prontos. Saímos todos de casa e como estava bom tempo, caminhámos até à rua principal de Madrid onde jantámos bastante tranquilos e divertidos.
Depois de jantar ainda passeá-mos  mas depois acabámos por voltar a casa.

. . .
-Podes vir comigo até ao quarto?-Perguntou o Ezequiel quando estávamos na sala e à frente dos meus pais e do meu irmão, deixando-os a olhar para mm.

-Sim, posso.

Percorri o corredor atrás do Ezequiel até quarto. Assim que entrámos eu parei junto da minha cama e ele foi até ao fundo da cama dele onde pegou num saco, retirando de lá uma camisola ou t-shirt. Caminhou, de seguida, até mim.
-Isto é para ti!-Disse esticando-me a camisola do Real Madrid. Virei e tinha o número e nome dele.

-Obrigada!

-Guarda-a bem! Sinto que essa camisola vai ser com a qual marquei o último golo pelo Real Madrid.

-Último? É a camisola do jogo de hoje?

-Sim, um dia vais perceber! E sim, é do jogo de hoje!

-Muito obrigada Ezequiel!- Dei-lhe um beijo na bochecha.-Vou guardá-la bem!-Ele sorriu apenas. Guardei-a junto das minhas coisas e voltei a sair do quarto. Assim que cheguei à sala olhavam todos para mim como se estivessem à minha espera.

-Estão a olhar para mim porque?

-Está tudo bem?-Perguntou a minha mãe.

-Sim! O Ezequiel só me queria dar uma coisa. E eu vim aqui dizer que me vou deitar! Boa Noite a todos!

-Boa Noite!-Disseram todos. Voltei ao quarto onde encontrei o Ezequiel pronto a deitar-se.

-Devíamos arranjar uma maneira de eu saber que estás despido antes de eu entrar no quarto.-Disse eu visto que ele estava apenas de t-shirt e boxers.

-Desculpa mas eu durmo assim!

-Então deita-te!-Enfiou-se logo na cama e tapou-se até ao pescoço.

-Queres que tape a cabeça também?

-Sim, que eu quero vestir o pijama!-Ele fez o que lhe pedi e em 2 minutos me vesti.-Já podes destapar!- Disse eu mas ele nem se mexeu. Fui até à cama dele e destapei-o, estava de olhos fechados.-Fraco!-Disse eu pensado que ele já dormia.

-Insensível!

-Que susto! Pensei que tivesses cansado e tivesses adormecido.

-Podia estar morto!! Podia ter sufocado!

-Sufocavas com pouco! Um dia ainda te digo o que sufoca!-Lá tinha eu de falar sem pensar.

-O que? Agora fiquei curioso!

-Um Dia...-Disse desligando a luz do candeeiro da minha mesa de cabeceira, a única acesa.

-Má!Buenas Noches!

-Buenas Noches!

No Dia Seguinte...
Estava muito bem a dormir quando o barulho dos estores e o sol que vinha lá de fora me acordaram. Estiquei a mão até ao meu telemóvel e vi as horas, era 12h. Tarde mas eu tinha sono.
-Mãe?

-Nao!

-Pai?

-Não!

-Ezequiel por favor deixa-me dormir!

-Não!

-Mas tu só dizes não? Vou acordar de mau humor e vou te bater!

-Tanta violência logo de manhã!

-É o que mereces!

-Levanta-te!-Disse ele chegando à minha cama e destapando-me.

-Ezequiel...só não chamo o teu nome todo porque não sei!

-Ezequiel Marcelo Garay González!

-Ezequiel Marcelo Garay González...odeio-te! E vou me vingar!-Fiz um movimento brusco e acabei por lhe acertar no nariz.

-Já te vingaste, pronto!-Disse ele, levantando-se agarrado ao nariz. Eu levantei-me e fui atrás dele.-Boa! Já te levantaste!

-Não te aleijei? És mesmo estúpido!

-Não! Eu só queria que te levantasses.

-Para que?

-Para vires almoçar comigo!

-Não quero!

-Porque?

-Porque não!

-Vem! Eu não mordo, só te quero conhecer melhor.

-Eu vou!Mas não devia por aquilo que me fizeste à bocado.

-Só te acordei!

-Pode ser perigoso! Às vezes acordo de mau humor.

-Aturava isso todos os dias!- Apenas consegui sorrir. Ficamos a olhar um para o outro até que ele interrompeu o silêncio.-Veste-te!-Disse, saindo do quarto.

Sorrisos, palavras  carinhosas, preocupação e o facto de me querer conhecer melhor estavam a deixar-me com um sorriso nos lábios. Assim que me apercebi que estava a sorrir, levantei-me da cama e comecei a escolher a roupa.

15 minutos Depois estava despachada e a caminho da sala onde já me esperava o Ezequiel.
-Estou pronta!

-Vais onde?-Perguntou o meu pai.

-Almoçar com o Ezequiel.

-Fazes bem! Aproveita o tempo que resta aqui!-Disse a minha mãe.

-Até já então!-Disse eu saindo eu saindo com o Ezequiel. Estava um bom dia e, por isso, fomos a pé.

. . .
-O que é que desejam beber?-Perguntava a empregada do restaurante.

-Para mim é uma coca-cola!-Disse eu.

-Para mim também!

-Trago já!

-É verdade que falas com o teu irmão por cartas?

-Sim! Agora já não que ele tem mais que fazer.

-Gostavas?

-Era diferente das habituais mensagens de telemóvel.

-Pois quase ninguém manda cartas agora.-Sorri-lhe mas nesse momento apareceu a empregada a quem fizemos os nossos pedidos.-Mas fala-me mais de ti!

-O que é que queres saber?

-Andas na  faculdade?

-Sim! Curso de Fisioterapia. E tu já estás aqui em Madrid há muito tempo?

-Desde os 21 anos em Madrid mas desde os 19 anos em Espanha.

-Deixas-te cedo o teu país!

-Teve de ser! Há que lutar pelos nossos sonhos.

. . .
O Almoço foi servido e continuamos a conversar,entre alguma brincadeira, sobre nós e sobre os nossos gostos pessoais. No fim do almoço, saímos do restaurante e passeamos um pouco no centro de Madrid.
-Que me dizes de uma sobremesa agora?-Perguntou o Ezequiel enquanto passeávamos.

-Guloso! Ainda saio daqui a rebolar!

-Não sais nada! Vamos?-Fiquei a olhar para ele alguns segundos até que ele segurou na minha mão e me puxou pela rua.

Em apenas 2 minutos chegamos a onde o Ezequiel me quis levar. Tínhamos pedido dois crepes.

Já no fim, o Ezequiel olhava para mim e eu não percebia o porquê.
-Que foi?

-Tens chocolate no queixo!-Disse ele rindo-se.-Eu ajudo!-Aproximou-se de mim com o guardanapo e limpou. Enquanto o fazia olhava-me nos olhos.-És tão linda!

-Ezequiel pára já! 

-É verdade! Olhos lindos, brilhantes...pele macia...sorriso perfeito...lábios perfeitos!-Disse, dando-me um beijo na bochecha.Fez-me estremecer mas também sorrir.

. . .
Eram 17 h quando regressamos a casa. Assim que entramos percebemos que não estava mais ninguém em casa e, por isso, aproveitei o sofá só para mim.
O resto daquele fim de tarde e a noite passaram a voar. Jantámos todos fora mas ainda antes da meia noite estávamos de volta a casa, amanhã iriamos acordar cedo para voltar a Lisboa.

No Dia Seguinte...
Eram 08:00h quando o meu despertador tocou. Apressei-me a desligá-lo e sentei-me na cama, antes que adormecesse.
-Já me acordaste!-Disse o Ezequiel

-Fecha os olhos que já adormeces outra vez!-Ele nada me respondeu, virou-se apenas para o outro lado. Aproveitei e vesti-me mesmo ali. Estava a acabar de arrumar a minha mala e a fechá-la quando o Ezequiel voltou a mandar vir comigo.

-O que é que estás a fazer? É preciso tanto barulho?

-Desculpa! Estava a acabar de arrumar as minhas coisas e a fechar a mala.

-Para?

-Ir embora.-Ele voltou a não me responder. Peguei na minha mala e percorri o corredor até à sala, onde já estavam os meus pais e o meu irmão.

-Bom Dia!

-Bom Dia!-Responderam eles.

-Tens aqui o teu pequeno-almoço!-Disse a minha mãe com um iogurte e uma maçã na mão.

-Já temos de ir?

-Sim. Eu deixo-vos no aeroporto.-Respondeu o meu pai. Alguns segundos depois olhei para o lado e tinha o Ezequiel mesmo ao meu lado com uma cara de sono que até metia medo.

-Disseste mala e ir embora?-Perguntou ele.

-Sim.

-Não podes ficar mais uns dias?

-Importam-se que eu vá lá dentro com o Ezequiel?

-Podes ir! Mas não demores  muito!-Disse a minha mãe.

-Já volto! Vem comigo Ezequiel!-Ele apenas olhou para mim e seguiu-me até ao quarto.
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Olá a Todas!
E este foi mais um capítulo desta fic! 
Gostaram? Espero que sim! Tanto do capítulo, como da fic e do rumo da história!
Fico à espera das vossas opiniões!
Besos!

3 comentários:

  1. Boa tarde (:
    Meu primeiro comentário aqui tem que abranger a cena toda.
    Muito bem, gosto! Gosto! Apoio, continua que isto é bom! Eu gosto e estou curiosa para ver o resto.
    Estes capitulos assim seguidinhos sabem mesmo bem, acredita.
    Vou ser sincera, eu achava mesmo que ele se ia enfiar na cama dela :oo , e ia ser giro! Mas não se enfiou é pena! Não se enfiou mas convidou-a para almoçar e a coisa começa a dar-se , devagar devagarinho eles vão lá.
    Também podiam trocar cartas eles, já que ela se vai embora! Era bem giro, eu ia gostar de ver.
    Tens aqui uma fã! E espero os próximos!
    Beijito :* Rita

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  2. Olá

    Adoreiiiiiiiiiiii



    Beijinhos


    Catarina

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  3. Olá :)
    Isto cada vez está melhor :D
    Próximo sff bjs :)

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